sexta-feira, 12 de junho de 2015

Um dia na cidade

E aí vem uma nuvem bem grande e tapa todo o sol da cidade.
O dia se disfarça dentre as cores do jornal diário, estava sem graça de como ele havia amanhecido sem graça.
Aqui embaixo, os mesmos passos apressados dos jovens e a contemplação do que já passou dos mais vividos.
Os artistas ainda não acordaram e os porteiros já tomam seu terceiro café.
Desvio de duas fezes caninas e de carros pintados de cinza, com motoristas vestidos de cinza, que fumavam e soltavam fumaça cinza pelo escapamento e pela boca.
A primeira coisa colorida do dia foi um prédio.
Um prédio recheado de cimento, que tiveram que pintar para que tivesse graça e com plantas na janela para que tivesse vida.
Ali dentro alguém sentia falta de colorir papéis.
Seus lápis coloridos estavam longe e em outro lugar.

E assim, se passa mais um dia na cidade.